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Capitulo VII - Manual do Aquariofilista Iniciante - Filtração

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José Elias
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Capitulo VII - Manual do Aquariofilista Iniciante - Filtração Vide

MensagemAssunto: Capitulo VII - Manual do Aquariofilista Iniciante - Filtração   Capitulo VII - Manual do Aquariofilista Iniciante - Filtração EmptySeg 09 Set 2013, 15:14Este tópico está bloqueado. Você não pode editar mensagens ou responder.

A Filtração


Tal como já foi dito neste manual, o filtro e a filtragem por ele realizada é o componente mais importante a seguir ao próprio aquário.

Será o filtro o responsável por manter a água dos nossos aquários nas perfeitas condições para os nossos peixes.

Mas… Como funciona o nosso filtro? Todos nós sabemos que precisamos dele, mas porquê? Como é que ele funciona.

Para responder a esta pergunta, é necessário primeiro perceber que tipo de filtragens existem.

Na prática, existem 4 tipos de filtragem, Mecânica, Biológica, Química, e por radiação.

Existem filtros que fazem mais do que um tipo de filtração, mas vamos por partes:

Vamos então começar a falar de cada um dos tipos de filtração.


Filtração Mecânica:

A Filtração mecânica, é a filtração mais básica que um filtro pode ter, mas apesar de ser básica, é fundamental e indispensável num aquário.

Entende-se por filtração mecânica, à remoção de partículas solidas suspensas na água, como terras, dejectos dos peixes, folhas mortas, restos de comida, etc.

Esta filtração é feita por coacção, ou seja, a água passa por microfibras onde toda a matéria solida fica retida.

Para a filtração mecânica utiliza-se principalmente esponjas e Perlon

As esponjas podem ter porosidades diferentes, sendo o ideal, para aumentar os ciclos de manutenção do filtro o mais espaçado possível ter varias esponjas com porosidades diferentes na seguinte configuração.

Entrada de agua no filtro > esponja com porosidade maior > esponja com porosidade menor.

Assim, as partículas maiores iram ficar presas nas esponjas com porosidade maior, e as partículas mais pequenas na esponja com a porosidade menor.

No final da filtração mecânica, costuma-se utilizar o perlon.

O Perlon é um género de algodão, muito compacto, que irá reter as partículas mais pequenas e tornar a água o mais límpida possível.



Filtração Biológica:


A Filtração biológica é fundamental em qualquer aquário, pois é ela que permite eliminar os químicos que se geram durante o ciclo do azoto.
Se já chegas-te a este capítulo do Manual, já sabes que quando monta-mos um novo aquário temos de realizar o ciclo do azoto, que demora cerca de um mês.
O motivo desta espera está directamente relacionado com a filtração biológica.
Mas, como é que ela é feita?
Ora bem, antes de mais, existem dois tipos de filtração biológica, mas já falamos mais à frente disso.

Na prática a filtração biológica é feita através de bactérias vivas que transformam as substâncias resultantes da putrefacção em outras substâncias menos nocivas para o reino animal.

Antes de mais, para um filtro puder ser considerado um filtro biológico, necessita de reunir as condições necessárias para albergar de forma saudável as referidas bactérias.

Normalmente isso é feito com a introdução de cerâmicas porosas.

Existem dezenas de cerâmicas porosas no mercado, para todos os gostos e carteiras, mas se existe componente onde não devemos poupar é sem dúvida nas cerâmicas.

Escolham sempre cerâmicas de qualidade, pois quanto melhores forem, mais porosas serão, logo mais bactérias por cm2 conseguirão albergar.

Cerâmicas como as da Ehiem Substrat pro ou da Sera costumam ser as melhores.

Voltando à ciência da coisa, como é que funciona?

Lembram-se de eu ter falado que existiam dois tipos de filtração Biológica?

Primeiro vamos falar do tipo de filtração Biológica mais comum nos aquários de água doce.

Filtração biológica com bactérias Aeróbicas:


As bactérias Aeróbicas surgem em ambientes onde existe oxigénio.
Dentro das bactérias Aeróbicas, ainda existem dois subtipos de bactérias, as itrosomonas
e as Nitrobactérias.

As Itrosomas transformam a amónia (Nh3/Nh4) em Nitritos (No2)

As Nitrobactérias transformam os Nitritos (No2) em Nitratos (No3)

Parece complicado? Nem por isso….

Passo a explicar:

Num aquário com peixes, existe uma produção contínua de Amónia (Nh3/Nh4), essa produção vem dos dejectos dos peixes (Urina e Fezes), restos de comida não consumida, peixes mortos em decomposição, folhas de plantas em decomposição, etc.,

A amónia é extremamente tóxica para os animais, mesmo em concentrações pequenas como 5 ppm’s (partes por milhão) é extremamente tóxico e pode levar à morte da fauna.

Como tal, é necessário eliminar a amónia.

É ai que entram as bactérias Itrosomas, pois estas alimentam-se de amónia.

Quando o filtro suga a água do aquário e obriga a mesma a passar pelas cerâmicas onde estão as bactérias, toda a amónia irá ser consumida pelas bactérias, e transformada em Nitritos (No2).

Graças à nossa colónia de Itrosomas, eliminamos completamente a amónia do nosso aquário.

Infelizmente os Nitritos continuam a ser muito tóxicos para os peixes, e em concentrações de 10 ppm’s torna-se fatal.

Mas com o aparecimento de Nitritos dentro do aquário, surgem também as Nitrobactérias que transformam o ainda toxico No2 em Nitratos (No3).

Os Nitratos apenas são tóxicos para os peixes em concentrações superiores a 100 ppm’s

Os Nitratos podem ser eliminados do aquário de 3 maneiras.

A maneira mais comum de eliminar os Nitratos (No3) do aquário é através das famosas TPA’s (troca parcial de agua).

Outra maneira muito habitual é a utilização de plantas naturais, pois como todos nós sabemos, os Nitratos são uma fonte de alimento para as plantas.

Finalmente, a 3 maneira de eliminar os Nitratos é também o segundo tipo de Filtração Biológica.



A Filtração biológica com Bactérias Anaeróbicas.

Para quem se lembra das aulas de ciências, sabe que as bactérias anaeróbicas são as bactérias que surgem na ausência de oxigénio.

Estes tipos de bactérias acumulam-se naturalmente por baixo do substrato, em pequenas quantidades.

A Grande vantagem destas bactérias é a sua capacidade de transformar os Nitratos (No3) em Nitrogénio (N) gasoso.

Depois este Nitrogénio acaba por ser libertado naturalmente para atmosfera.

Este tipo de filtração Biológica é muito utilizado nos aquários de ciclídeos africanos, onde não existem plantas naturais para consumir os Nitratos (no3).

Os filtros Biológicos de Bactérias anaeróbicas são intitulados de filtros Secos/Húmidos, pois pelo seu funcionamento, conseguem fazer este tipo de bactérias proliferar.

Filtração Química:

A filtração química é feita através de carvão vegetal activado ou resinas.

Existem aquariofilistas que optam por utilizar a filtração química permanente, outros, apenas a utilização quando necessário.

A grande vantagem da filtração química é a capacidade de remover da coluna de água todos os químicos não azotados ou seja, todos os químicos que a filtração biológica não consegue remover.

Por exemplo, se tivermos a utilizar filtração química, e colocar-mos dentro da água um medicamento qualquer, esse medicamento não irá actuar, pois irá ser rapidamente absorvido pela filtração química.

É por esse motivo, que temos sempre de remover qualquer tipo de filtração química aquando fazemos tratamentos à água.

No caso do carvão vegetal, este tem de ser substituído todos os meses, pois ao fim de um mês, ele irá perder a capacidade de absorção de químicos, e irá começar a reenvia-los para a coluna de água.

Outras resinas, como por exemplo o Purigen, têm uma vida útil de  4 a 6 meses, e pode ser reciclado.

Eu pessoalmente só grande fã do purigen, pois deixa a agua bastante estável e cristalina.


Filtragem por Radiação UV;

A Filtração por radiação utiliza a luz ultravioleta para matar todos os organismos vivos existentes na coluna de água.

A agua passa por um tubo onde se encontra uma lâmpada UV, a radiação emitida pela lâmpada irá matar todas as bactérias, vírus, fungos ou algas que por lá iram passar.
Um filtro UV a funcionar 3 a 4 Horas por dia num aquário irá evitar a proliferação de algas e reduzir drasticamente as bactérias que podem infectar os peixes.

Há quem diga que os filtros UV, por deixarem a agua livre de elementos patogénicos, enfraquece o sistema imunitário dos peixes, pois estão num ambiente livre de bactérias patogénicas.

Conclusão:


Sendo a filtração um elemento tão importante num aquário, deveremos sempre adquirir filtros que permitam em simultâneo realizar vários tipos de filtração.

O Filtro ideal, é um filtro que realize filtração Mecânica, Biológica, e que tenha espaço suficiente para, quando necessário, colocar-mos dentro dele filtração química.

Apesar de existirem filtro all-in-one que alem de incluírem a filtração mecânica, biologia e química, também incluem filtração UV, eu não recomendo esta opção pelo simples facto da lâmpada UV deste tipo de filtros não ser eficiente.

Sendo assim, recomendo a utilização de filtros UV dedicados.
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