AquaBen
Criador
Nome Real : José Bentes Localização : Amora Mensagens : 812 Data de inscrição : 01/03/2009 Gostos : 39
| Assunto: Neolamprologus helianthus (Tanganyika) Qui 23 Jul 2009, 20:44 | |
| Neolamprologus helianthus “Bruscher, 1997”
Família: Cichlidae Subfamília: Pseudocrenilabrinae
Tamanho: 5cm fêmea - 5,5cm macho
Água: pH - 8.0 a 9.0 GH - 10 a 15 Temperatura: 25 a 27 ºC.
Alimentação: a sua alimentação na natureza constituída principalmente por larvas de insecto e pequenos crustáceos, em aquário pode ser alimentado com granulados de pequenas dimensões para ciclideos carniveros .
Distribuição: Endémico do Lago Tanganyika, na zona costeira do Zaire a Sul de Moba. Habita zonas rochosas a profundidade entre os 2 e os 5 metros
Dimorfismo sexual: os machos são ligeiramente mais compridos e de dorso mais alto do que as fêmeas. Um bom método para identificação do sexo será pela observação da “papila” genital, sendo a das fêmeas de maior diâmetro e durante a altura da desova facialmente se distingue pelo inchaço do ovipositor.
Fotos: Casal
Macho
Fêmea
Alevins na concha
Embora a sua identificação como espécie ser relativamente recente, “Bruscher 1997”, ele já tinha sido apresentado ao mundo pelo Dr. Brichardi, que o incluiu numa população de Neolamprologus splendens, seu parente mais próximo, mas que após observação mais atenta, rapidamente se percebe as suas evidentes diferenças, não só na coloração como físicas. O Neolamprologus helianthus é o representante mais pequeno do “complexo Brichardi”, não atingido 6cm de comprimento. Para além de ser 2cm mais pequeno que os Neolamprologus splendens o seu corpo é mais compacto com o dorso notoriamente mais alto, que o seu parente mais próximo.
Para a manutenção e reprodução dos N. helianthus, não é necessário um aquário de grandes dimensões, mas pela dificuldade real que é manter os parâmetros ideais para os Tanganyikas em aquários muito pequenos aconselho a utilizar aquários maiores que 60cm, 50litros ou superiores. O N.helianthus a nível de comportamento é em tudo idêntico aos N.splendens, o que significa que não se intimidam com companheiros de aquário de maiores dimensões, fazendo frente a eles na protecção do seu território que é relativamente pequenos, 20 a 25cm de diâmetro, tolerando a presença de algumas espécies pequenas de Neolamprologus ou de Lamprologus, desde que estes não sejam considerados ameaça e não violem a fronteira do seu território. Para a reprodução desta espécie e da maioria dos Neolamprologus e Lamprologus o mais difícil é a formação do casal, por esse motivo aconselho a introduzir quatro a cinco N.helianthus jovens, para que acasalem naturalmente, quando verificarmos que se formou um casal, se o aquário for de pequenas dimensões têm de se retirar os restantes da mesma espécie para que não sejam atacados pelo casal recém formado. A escolha do local do território e “toca” para a desova, tanto pode ser um buraco escavado, por ambos os sexos, por debaixo de uma rocha como uma concha de grandes dimensões. A guarda dos ovos e dos alevins é efectuada por ambos os sexos, ficando a fêmea junto ao buraco e o macho mais afastado de guarda ao território. Não há necessidade de retirar os alevins mais velhos após nova desova, eles são tolerados dentro do território dos pais, mas deixando sempre a zona mais próxima do buraco para os irmãos mais novos, contribuindo, a seu tempo, para a defesa do território paterno, até atingirem tamanho suficiente para procurarem parceiro e procurarem território para si próprios.
AquaBen José Bentes |
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